sábado, maio 12, 2007

ofício de amar
já não necessito de ti tenho a companhia nocturna dos animais e a peste tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras galáxias, e o remorso um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silêncio é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração não, não preciso mais de mim possuo a doença dos espaços incomensuráveis e os secretos poços dos nómadas ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto deixei de estar disponível, perdoa-me se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo
al berto
o medo
assírio & alvim 1997