segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Lembro-me com frequência do cómico dos teus momentos. Das vezes em que bocejas, dos ataques à cauda, e da forma como te espreguiças com as patas esticadas nos meus ombros. Deves ser o cão com mais protagonismo! Todos os meus amigos falam de ti com ternura, com amizade. És... extraodinário :)

sábado, fevereiro 18, 2006

Consegui arranjar boleia e passei pela Makro para comprar dois pacotões de 20 kg de ração para cães. Levei à União Zoófila e quando me viram chegar no carro notei o ar desconfiado de quem já viu muitos abandonos acontecerem assim. Parei o carro, um voluntário perguntou o que queria e logo compreendeu que se tratava de um donativo. Senti-me bem. 40 kg não são nada numa instituição tão grande... mas faz a diferença.

Estive no Algarve e levei o Açor comigo. Preferiu desafiar uma poça de lama a brincar com a água do mar, passando uma duas três vezes para lá e para cá, como se só existisse felicidade e o instante.

Entretanto soube que o Sacha foi ontem atropelado por uma carro ou mota. Esteve um dia desaparecido e veio num estado dramático. O tecido que envolve o intestino rasgou-se e pendia na barriga. Ao operarem-no viram que a vértebra estava partida e que podia ter rompido o intestino e piorar ainda mais a situação. Neste momento está estável e apenas desejo que recupere e viva os anos que lhe faltam em paz. Já o temos há 9 anos... Fui eu que escolhi o nome, trouxemo-lo para casa cheio de pulgas, ainda muito pequeno. É um cão meigo meigo... * Boa sorte meu querido.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Hoje voltei a tentar que uses sem estranhar o açaime, porque queria viajar contigo de comboio este fim de semana. Obviamente que não quiseste e com muita luta conseguiste tirá-lo.
Em Praga vi muitos cães com açaime (...e sem ele, é verdade) a viajar tanto no metro como também no autocarro, eléctrico e comboio. A atitude dos donos era de serenidade e confiança, não vi um único cão extasiado com a liberdade de andar junto ao dono sem trela. A educação vem no curso do civismo, da atitude mental que se tem perante a vida, nomeadamente a vida em sociedade.
Quando passeio o Açor sinto a tensão e tortura no meu rosto sempre que alguém se aproxima. No verão houve um episódio horrível em que um homem quis apedrejar o tontinho do Açor quando ele o foi cheirar. Disse que o despedaçava. Acho incrível essa vida de merda, sempre com medo de tudo e de todos, com pavor que o descontrolo e a natureza ganhem terreno. Fica-se psicótico a pensar no conforto, no futuro, nos bens que faltam e esquece-se - por completo - de repensar se tudo isto faz sentido... e que sentido tem se fizer.

Falta-me Praga, falta-me desaprender Lisboa, viver e conquistar a voz que me pertence.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Corres como uma lebre, sem direcção, apressado, aos pulos. Tão cedo não me esquecerei da tua alegria, dos teus assaltos e provocações para me juntar a ti nas corridas.

Agradeço a tua paciência, João.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Hoje faz frio.

A União Zoófila precisa de camas para cães de tamanho médio e grande e eu pensei que talvez conseguisse reunir o dinheiro suficiente para comprar cestos de roupa e almofadas e entregar nas instalações em Benfica. Vi também que na Makro vendem ração seca, em sacos de 20 kg, a menos de 10 euros. Não vou argumentar, só acho que para muitos é
tempo de despoluir o coração e a vida.