quarta-feira, agosto 29, 2007

Caros amigos, fiquei sem internet e tão cedo não penso instalá-la de novo porque não me faz falta. Lamento não ter tido oportunidade de vir mais vezes ao blog e contar-vos as últimas grandes conquistas, uma a uma, quando elas aconteceram. A primeira foi ter ido com o João ao Algarve, termos levado o Açor, ter-se portado lindamente (sempre solto e feliz) e, desde então, termos passeado sempre os três, para todo o lado, nas muitas caminhadas e passeios de carro. O Açor descobriu que se sabe portar bem estando solto e nós descobrimos que temos um cão muito querido, cheio de amizade que só quer a nossa companhia. Demorou 2 anos a perceber isso. Durante dois anos eram lutas quase diárias, semanais, em que ele fugia. Não confiavamos nele porque na rua bastava um cão qualquer aparecer para que fugisse pelo tempo que bem entendia. É claro que constituia um perigo na estrada, metendo-se à frente dos carros.
Coisa do passado! Temos passeado imenso, os três, com o Açor sempre solto e super obediente na altura de ser chamado. Fomos passar uma noite na Adraga e levámo-lo. Correu e saltou TODA a noite, super super super feliz.
Adoro-o. :) Uma festinha muito grande.
Para os meus amigos: hoje faço 2 anos de namoro e de amanhã a um ano caso-me com o Joni! Uipi! :)
Beijinhos a todos!

quarta-feira, agosto 15, 2007

Em Portugal os cães estão a transformar-se num bem descartável 14.08.2007 - Público, Clara Viana

Entre os voluntários das associações de defesa dos animais, a apreensão é total. Apesar de todas as campanhas já realizadas, dos apelos sem conta, o número de cães abandonados está a aumentar. Sandra Cardoso, da SOS Animal, descreve assim a situação: "O abandono explodiu este ano".
A tendência de subida começou a esboçar-se em 2006 e não parou mais. "Neste momento, não há hipótese de colocar animais em lado nenhum. Todos os canis estão cheios", informa Maria do Céu Sampaio, da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA). Sandra acrescenta que esta sobrelotação a nível nacional foi atingida em Maio e que permanece.
O cão está a tornar-se um bem descartável. "Antes, tinha medo de que Agosto chegasse. Agora tenho receio dos outros meses todos. Já quase não se nota a diferença", refere Dulce Mata, do Movimento Internacional em Defesa dos Animais (Midas). O abandono deixou de ser um fenómeno sazonal — os cães continuam a ser abandonados no Verão, mas também ao longo de todo o ano. "O que se está a passar está a assustar-me muito", desabafa Sandra Cardoso.
As crescentes dificuldades económicas de muitas famílias portuguesas poderão explicar, em parte, este pico de abandonos, dizem Dulce Mata e Maria do Céu Sampaio. Há pessoas a trocarem as vivendas por apartamentos, a irem à procura de trabalho para o estrangeiro — em geral, vive-se com menos dinheiro. O abandono é um sintoma de crise, mas não apenas económica. A falência é mais geral: "Somos um país que maltrata as crianças e abandona os velhos e os animais", constata Dulce Mata.
Na ausência de estatísticas oficiais, as associações têm os seus próprios indicadores. Entre os que abandonam, existem os "conscienciosos", ou que o tentam ser. São os que telefonam primeiro. "Estamos a receber, em média, cerca de 20 a 30 telefonemas por dia com pedidos de entrada de cães", refere Ana Pino, da Associação de Protecção aos Cães Abandonados (APCA). Na LPDA, o telefone também não pára de tocar. Com as "desculpas do costume" — uma gravidez, um filho alérgico.
São também frequentes chamadas assim: "Olhe, vou de férias depois de amanhã. Preciso de um sítio para deixar o cão". "Depois de amanhã, amanhã? Assim não há qualquer hipótese de arranjar uma alternativa", lamenta Maria do Céu Sampaio. São cães com destino traçado.
Existem também os números que falam da situação no terreno. Alguns exemplos: no canil municipal de Braga, está a entrar uma média de 40 cães por semana, informa Isabel Gomes, da Associação Bracarense Amigos dos Animais (ABRA); na Fundação de S. Francisco de Assis, em Cascais, deram entrada, desde Janeiro, 180 cães (nos 12 meses do ano passado, foram entregues 220), refere o vereador Manuel Andrade; ao canil da Associação Os Amigos dos Animais de Almada (AOAAA), na Aroeira, chegaram, também desde Janeiro, 43 cães adultos e 38 bebés. "Nos últimos três meses, foram abandonados 28 cachorros no nosso canil", descreve Maria Nascimento. Uns são deixados ao portão; outros são atirados por cima da vedação de rede, que tem dois metros de altura.
O número crescente de cachorros entre os cães abandonados é uma das novidades desta nova vaga. Existem também cada vez mais cães de raça pura entre aqueles que são deitados para a rua, alerta Sandra Cardoso. "O sangue azul já não os salva", confirma Dulce Mata. A manutenção destes animais é habitualmente mais dispendiosa do que a de um rafeiro. É uma explicação, mas há outras. Maria do Céu Sampaio refere que as notícias sobre as raças perigosas têm tido efeitos dramáticos — entre os abandonados com pedigree, avultam os pitbull e os rottweiler. Por outro lado, acrescenta a presidente da LPDA, os cães são também, para certas pessoas, um fenómeno de moda — quando esta passa, troca-se de animal. Aconteceu, por exemplo, com os dálmatas.
"Isto não tem fim à vista. Uma pessoa até se sente desorientada", confessa Maria João Nascimento, que chama a atenção para o seguinte: a sucessão vertiginosa de abandonos ameaça "desestabilizar tudo". Ou seja, rebentar com a reduzida estrutura de apoio existente no país, a maior parte a cargo de associações que vivem sobretudo de doações (poucas) e do trabalho de voluntários (poucos).
Adopções em queda livre
Um cão que entra num canil municipal, recolhido na rua, tem uma esperança de vida de sete dias. É o tempo legal para ser reclamado. Findo este prazo, segue para abate. O principal trabalho de muitas associações de defesa dos animais é o de tentar evitar que este destino se cumpra. O que fazem, sobretudo, por via de campanhas de adopção. Os números são impressionantes. Um exemplo: desde 2005, ano da sua fundação, a ABRA salvou cerca de mil cães. Isabel Gomes aponta, contudo, uma situação que permanece incontornável — como o canil municipal de Braga tem 22 boxes e a média de entradas tem sido de 40 cães por semana, "as instalações enchem muito rapidamente. Quando isso acontece, tem de haver abate". Duas faces da mesma moeda: não são só os abandonos que estão a aumentar, as adopções também estão em queda livre, alertam os voluntários.
Estrangeiros interessados
No terreno que foi cedido ao Midas pela Câmara de Matosinhos passeiam-se 160 cães, a maioria deles resgatada ao canil municipal. São os sortudos desta história. Não estão presos, têm gente que olha por eles, comida e muito espaço. A lotação (150) já foi ultrapassada, mas Dulce Mata refere que as condições em que se encontram permitem à associação ter o maior dos cuidados com as adopções. Para evitar um movimento também frequente: o abandono de cães que foram resgatados ao canis por via da adopção. Ou maus tratos futuros.
Pelo canil da APCA, em São Pedro de Sintra, passam anualmente cerca de 300 cães. "Apostamos na qualidade das adopções versus quantidade, pois verificamos que a maioria das pessoas não está minimamente preparada para ter um cão", refere Ana Pino. A "qualidade", no caso, passa muito pelo estrangeiro. É outro fenómeno em crescendo. Passa-se com os cães o mesmo que com as crianças — os dos países mais pobres têm procura nas nações mais ricas. "Temos conseguido excelentes adopções na Alemanha, Holanda, Luxemburgo, onde os animais são tratados com o respeito que merecem", acrescenta a voluntária da APCA. A Alemanha é também um ponto de destino de muitos cães protegidos pela ABRA. Neste momento, estão 15 à espera de seguir viagem. Só lhes faltam os "padrinhos de voo", ou seja, alguém que faça o percurso com eles (as despesas do bichos são cobertas pela associação).
Foi também destes países mais a norte que veio uma ideia que a Câmara de Lisboa tem tentado implementar desde há quatro anos, embora sem grande êxito: um programa de intercâmbio de animais domésticos. Quem adere à iniciativa, compromete-se a ficar com o animal de estimação de outra pessoa quando ela for de férias, devendo ocorrer o inverso também. Segundo Luísa Costa Gomes, do Departamento de Higiene Urbana da autarquia, responsável pela iniciativa, inscreveram-se até agora dez voluntários.



a Léa falou-me deste filme.

Na zona onde vivo há muitos cães e, sobretudo à noite, os donos saem de casa às horas habituais para que os seus cães possam conviver com os demais. O engraçado nisto tudo é que toda a gente conhece o nome dos cães, conhecemos as brincadeiras, as manias, as histórias mais patéticas uns dos outros. Também é curioso a comunicação que se estabelece entre os donos. Falamos alegremente, sempre com o olhar perdido nas brincadeiras dos respectivos cães (como se de pais babados se tratassem) e conhecemos, superficialmente, as profissões uns dos outros. No outro dia estava a falar com a Joana acerca de solidão urbana e não contei porque não me lembrei mas ter um cão e passeá-lo com prazer e amizade é um passo muito grande que se dá no convívio entre pessoas do bairro. Jamais conheceria estas pessoas se não tivesse o Açor. Se me altera a minha lógica diária? Não, mas dá-me outra percepção da vida em comunidade. Às vezes lembro-me de um poema que a Joana tinha no antigo quadro de picos cuja mensagem era: queres conhecer o mundo sem conhecer as pessoas com quem vives todos os dias (visto assim parece básico, mas era bonito).
ADOPÇÃO RESPONSÁVEL
É cada vez mais reconhecido e valorizado o papel dos Animais no nosso bem-estar emocional e no desenvolvimento das crianças, formando seres humanos equilibrados e responsáveis.
Lembre-se que, ao tomar a decisão de adoptar um Animal, vai assumir a responsabilidade para a vida por um ser vivo, encantador, com sentimentos de alegria, tristeza e dor, ao seu lado para os bons e maus momentos e que lhe irá proporcionar muitas ocasiões marcantes de felicidade, cumplicidade e partilha.
Coloque a possibilidade de adoptar um Animal adulto. Tão ou mais meigos, carentes e bonitos que os bebés, devido a preconceitos e falta de informação, têm sempre menos possibilidades de adopção, o que os coloca em situação de maior risco. Não se esqueça que, naturalmente, todos os Animais crescem.
A qualquer Animal deverá garantir condições de espaço, bem-estar, higiene, segurança e saúde (com idas anuais ao veterinário e sempre que se justifique).
Se ainda não se sente capaz de assumir total responsabilidade por um novo Amigo de 4 patas, então reflicta bem antes de proceder à adopção.
AO ADOPTAR UM CÃO LEMBRE-SE QUE:
- se vive em apartamento, exigirá disponibilidade da sua parte, já que é necessário levá-lo à rua, no mínimo, duas vezes por dia; possivelmente, o Animal levará alguns dias a adaptar o seu sistema ao ritmo da nova família, pelo que é necessário compreensão e reforço positivo por parte de todos;
- se for um adulto, será por norma mais sereno e disciplinado, apesar de igualmente habilitado a aprender novas brincadeiras, truques e hábitos; se se tratar de um bebé ou jovem, sentirá necessidade de roer objectos e explorar texturas, pelo que lhe devem ser disponibilizados brinquedos para o efeito; os bebés chorarão um pouco nas primeiras horas/dias, mas é absolutamente normal;
- se optar por um Animal não esterilizado/castrado, deve ponderar seriamente essa possibilidade, não só por motivos médicos, mas também para evitar a sua preocupante reprodução e marcação territorial; - na rua, deve passeá-lo sempre de trela; em quintal/terreno, certifique-se que este está devidamente vedado (nas primeiras semanas, o Animal não conhece a zona e poderá mais facilmente perder-se ou fugir); no entanto, acidentes acontecem, pelo que deve colocar no seu Animal: a) coleira com chapa identificativa onde conste o seu telefone; b) chip, que poderá ser facilmente colocado por um veterinário;
- deve ter sempre em mente onde deixará o(s) seu(s) Animal(ais) caso se ausente em férias; poderá recorrer a amigos, familiares, hotéis para animais, ou intercâmbio temporário;
- se existir outro Animal em casa, a adaptação deve ser gradual e sob o seu acompanhamento directo; ao fim de alguns dias serão amigos inseparáveis.

terça-feira, agosto 14, 2007


ups


Esta semana vi na televisão uma peça sobre a aurora boreal. Já alguma vez viram algum documentário sobre o assunto? Achei fabuloso. Deixo-vos aqui o poema do António Gedeão e uma imagem. É tudo extraordinário na natureza.

a minha homenagem ao
Miguel Torga
Fui correr esta manhã para um parque próximo e levei o Açor. Demos duas voltas e a ideia é tornar isto rotineiro. O Açor adorou e nunca me atrapalhou. Quando passavamos pelo chafariz ficava todo contente e pedia-me água. Vê-lo beber água, de pé, no chafariz é giríssimo mas repugnante para a maioria das pessoas. (Azar.)
Ontem eu e a Joana discutimos a ideia de hierarquia animal e não chegámos a nenhum consenso. Eu sou a favor da ideia de especificidade e de diversidade. Para mim a vida de um animal é tão importante quanto a nossa. Há brutalidade na natureza, como ontem no documentário da 2, sobre o Miguel Torga.

segunda-feira, agosto 13, 2007


Hoje fui para uma praia perto da Nazaré com a Joana. Soube muito bem e, dado que saí muito cedo (8.45) de casa e só voltei às 19h, julguei que o Açor não teria aguentado tanto tempo sem ir à rua mas, na verdade, tenho o melhor cão do mundo e portou-se SUPER bem. Não fez nenhuma necessidade nem desfez nada. É um cão fora de série. Eu é que fui uma péssima dona... pobrezinho.

Adoro o Açor. :)


Obrigada Joana. Foi muito bom! Adorei!

sábado, agosto 11, 2007


havia muito ruído à minha volta mas as coisas mudaram e os silêncios passaram a dialogar mais comigo. sinto-me forte mas há momentos em que tenho medo e perco-me um pouco sem saber o que escolher. um abraço, este post é para ti Tiago. devias estar aqui comigo.

sexta-feira, agosto 10, 2007



férias #1
esta é a minha mão e a fotografia foi tirada pela Miana,
no adro da igreja.

quinta-feira, agosto 09, 2007






Fomos visitar Alte,
é uma terra muito bonita como podem ver.
Jo, estas fotos comparadas com as do teu blog!
shame on you! :p

quarta-feira, agosto 08, 2007


Agora que já é oficial, uma vez que os respectivos pais já sabem e aprovam, eu e o João queremos contar-vos que nos vamos casar em Agosto do próximo ano, dia 30. Será uma cerimónia íntima, apenas para as pessoas que gostamos. Espero que comecem a juntar os trocados para a nossa petit viagem à Turquia (na pior das hipóteses à Feira da Malveira).


Obrigado.




os primos.






Fui com o João para o Algarve e o Açor foi também. Divertiu-se muito, levámo-lo à praia durante a noite e vimo-lo correr cheio de alegria, como há muito não acontecia. Andou sempre solto porque é um menino de coro longe de casa. Porta-se muito bem e não se afasta. O convívio com a Norah e com o Sacha foi chato, o Açor foi mordido pela cadela e andou sempre muito stressado quando a via. Obviamente que não comeu (a não ser outras coisas... as quais prefiro fazer silêncio) e esteve sempre cheio de lama porque encontrou uma poça de uma conduta rota. Aventuras..! Soube-lhe bem e eu fiquei muito satisfeita por tê-lo em liberdade, feliz.


Aqui ficam as fotografias. Um beijinho a todos os meus amigos.