quinta-feira, setembro 27, 2007

Há tanto tempo...! :)
notícias minhas e do Açor: O Açor tem-se portado muito mal. Esta semana levei-o a passear por aqui e fugiu-me durante quase uma hora e meia. Andei desesperada, sem saber dele cerca de um terço do tempo. Tentei enganá-lo com estratégias humilhantes de "biscoitos e mimos" mas o cão é um poço de ingratidão e estupidez e não se deixou apanhar. Não percebo porque raio é tão insolente e acho-o idiota. Jamais quis um cão assim, cheio de traumas e desconfiado. Há tantos cães a precisar de dono e a mim calhou-me um cão como ele..! Entretanto ignorei-o e ele notou a diferença. Agora já está tudo bem, mas continuo sem confiar nele. (sacana...)
Na semana passada, sexta-feira, encontrei um cão na rua perto da minha casa e não fui capaz de deixá-lo lá. Estava terrivelmente magro e doente. Estava trôpego, as pernas pareciam de bailarina, rodopiava enquanto se deslocava com sofrimento. Levei-o comigo, estava infestado com pulgas e carraças, dei-lhe uma pipeta para pulgas/carraças e mosquitos. Dei-lhe comida e água, e comeu desalmadamente. Durante esse dia levei-o à União Zoófila para que o recolhessem. Não o aceitaram porque não sabiam se estava em condições de conviver com outros cães sem o risco de pegar-lhes alguma doença. Por isso, levei-o ao consultório da U.Z. e pedi-lhes um relatório exaustivo. Não o fizeram porque não seria pago... Fizeram um raio-X e uma colheita de sangue mas não tiveram o bom senso de me informar que ficaria em banho maria por não ter a intenção de custear as despesas.
Voltei para casa com ele e ainda estabeleci alguns contactos com três associações. Só a S.O.S. foi sensível ao meu problema e disponibilizou-se logo para me ajudar. Tentaria encontrar uma FAT ou um dono permanente. Contudo, não teria condições para gerir o Açor e aquele cão, pelo que decidi levá-lo nessa mesma noite para o sítio onde o encontrei. Levei anúncios e coloquei-os nos postes de electricidade. Pedi que alguém o recolhesse caso tivesse condições. Deixei-lhe água e comida, mais uma antiga toalha do Açor.
Voltei lá todas as noites e procurei-o por todo o lado mas não o encontrei. Fraco como estava não pode ter andado muito mas a verdade é que não está lá.
Que alguém o proteja.
Um beijinho a todos.